São duas obras-primas
da escultura gótica em Portugal, feitos em calcário da região de Coimbra. A construção situa-se
entre 1358
e 1367
de autoria desconhecida.
Descrição
dos túmulos
A localização primitiva dos túmulos
era lado a lado no transepto sul da Igreja do Mosteiro de Alcobaça. Daqui passaram
para a Sala dos Túmulos. No século XX
voltaram a ser colocados no transepto da Igreja, onde se encontram actualmente:
frente a frente, estando o túmulo de D. Inês no braço norte do transepto e o
túmulo de D. Pedro I no braço sul, de tal modo a que quando ressuscitarem se
levantem e vejam um ao outro.
Em termos escultóricos, o túmulo de
D. Pedro I é considerado uma melhor obra, chegando os altos-relevos a atingir
15 cm de profundidade, enquanto no túmulo de D. Inês atingem os
10 cm.
Túmulo de
D. Inês de Castro
Inês de Castro está representada com a expressão tranquila, rodeada por
anjos e coroada de rainha. A mão direita toca na ponta do colar que lhe cai do
peito e a mão esquerda, enluvada, segura a outra luva.
Os temas representados no túmulo são: nos frontais, a Infância de Cristo e
a Paixão de Cristo e, nos faciais, o Calvário e o Juízo Final.
Túmulo de D.
Pedro I
D. Pedro I está representado também com a expressão tranquila, coroado e rodeado por anjos. Segura o punho da espada na mão direita, enquanto com a esquerda agarra a bainha.
Nas faces do túmulos estão representadas: nos frontais, a Infância de S.
Bartolomeu e o Martírio de S. Bartolomeu e, nos faciais, a Roda da Vida e a Roda da Fortuna e ainda a Boa Morte de
D. Pedro.
Neste túmulo destaca-se o facial da cabeceira onde
está representada a Roda da Vida e a Roda da Fortuna. Imagem: A Roda da Vida
possui 12 edículas com os momentos da
vida amorosa e trágica de D. Pedro e de D. Inês.
Recordando os amores de Pedro e Inês ... através da música!
1 comentário:
Dois expoentes máximos da escultura Gótica portuguesa e de autor desconhecido, o que só seria possível no século XIV. ;)
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