Este espaço é dedicado às biografias de personagens históricas referidas nas publicações. Não houve qualquer preocupação por parte das administradoras do blogue em ordená-las alfabética ou cronologicamente. A biografia do Padre António Vieira é a primeira por uma simples razão: a frase que encima a descrição do blogue é adequada quer aos tempos que correm quer à função deste blogue - educar
Padre António Vieira
"Os portugueses têm um pequeno país para berço e o mundo todo para morrerem"
" António Vieira, nasceu em Lisboa a 6 de Fevereiro de 1608, num lar humilde na rua do Cónego, perto da Sé, em Lisboa. O seu pai Cristóvão Vieira Ravasco, serviu a Marinha Portuguesa e foi por dois anos escrivão da Inquisição, mudou-se para o Brasil em 1609, para assumir cargo de escrivão em Salvador, na capitania da Baía. Em 1614 mandou vir a família para o Brasil. António Vieira tinha seis anos.
Na literatura, seus sermões possuem considerável importância no barroco brasileiro e as universidades frequentemente exigem sua leitura.(...) "
Para leres o artigo na íntegra clica no link:
http://ebicuba.drealentejo.pt/ebicuba/jornal/jornal08/pagina-personalidades/pt_antonio_vieira.htm
Luís Vaz de Camões
Luís Vaz de Camões é considerado o maior poeta português; nunca existiu, nem em Portugal nem em qualquer outra parte do mundo, poeta algum que igualasse nem muito menos superasse a dedicação que Camões deu à sua pátria por meio de uma tão próspera obra épica como são “Os Lusíadas”.
Os Lusíadas são a culminação de toda uma cultura e de uma civilização. Camões é considerado um poeta fora do seu tempo, pois a sua modernidade e o seu amor à pátria são visíveis no modo como esta obra, tanto no estilo épico como no estilo lírico, se estrutura.
É através de indícios textuais que se encontram na sua poesia e a que podemos chamar a modernidade de Camões ou estilo Camoniano, que se verificam transgressões, tanto em relação aos modelos clássicos greco-latinos da época como em relação à ordem religiosa e política do poder no tempo de Camões e como também em relação à imagem posteriormente construída do poema como símbolo épico da raça lusíada e dos seus feitos materiais.
Mas são estas transgressões que caracterizam Camões como sendo um novo homem da Renascença.
Nasceu a 1524 ou 1525, segundo documentos publicados por Faria e Sousa, em Lisboa ou em Coimbra (a data e o local do seu nascimento não são certos). Segundo registo da lista de embarque para o Oriente do ano de 1550, declara-se que Luís de Camões se inscrevera e, nesse registo, é-lhe atribuída a idade de 25 anos.
O Padre Manuel Correia que o conheceu pessoalmente, dá-o nascido em 1517. Filho de Simão Vaz de Camões e Ana de Sá Macedo, família nobre estabelecida em Portugal na época de D. Fernando, foi educado sob o império do Humanismo, estudou em Coimbra de 1531 a 1541, onde D. Bento de Camões seu tio, era chanceler.
Era esse mesmo seu tio sacerdote e sábio que o auxiliava nos estudos, mas ainda antes de Luís de Camões acabar o seu curso, partiu para Lisboa, talvez para conhecer melhor a principal cidade do seu país visto gostar imenso da História de Portugal.
Reinava D. João II e, como Camões era fidalgo, podia frequentar as festas e saraus da corte no palácio real; e foi lá que conheceu aquela que ele queria que viesse a ser a sua esposa, D. Catarina de Ataíde.
Devido à rigorosa tradição da corte, Camões teve que se afastar desta linda menina a quem ele tratava por um nome inventado de Natércia nos seus muitos poemas consagrados, e foi exilado por ordem do rei para o Ribatejo (Constância), onde permaneceu durante dois anos até que se alistou como soldado e partiu para Ceuta.
Foi nesta viagem que Camões primeiro avaliou o esforço formidável de um povo audacioso e persistente, que foi capaz de vencer os difíceis obstáculos desta travessia, de forma pioneira.
Apesar de ter sido um grande poeta, foi também um grande patriota e um grande soldado. Defendeu Portugal tanto nas guerras em África como na Ásia. Em 1547, partiu para Ceuta depois de ter estado na corte de 1542 a 1545. Em Ceuta perdeu um olho quando lutava a favor de D. João III.
Três anos mais tarde voltou a Portugal e teve vários duelos, num dos quais feriu Gonçalo Borges, moço de arreios de D. João III, o que lhe custou um ano de prisão no Tronco. Diz-se que foi nesse ano de prisão que Camões compôs o primeiro canto da sua obra “Os Lusíadas”.
Obteve a liberdade como promessa de embarcar para a Índia como simples homem de guerra e embarcou para Goa em 1553, onde conviveu com o vice-rei D. Francisco de Sousa Coutinho e com o Dr. Garcia de Orta e manteve também relações amistosas com Diogo do Couto, o continuador das Décadas.
Foi aí que escreveu o “Auto de Filodemo”, o qual representou para o governador Francisco Barreto. Ainda na Índia compôs uma ode a D. Constantino de Bragança, em que o defendia de acusações supostamente falsas que lhe eram feitas. Da Índia passou a Macau, onde os portugueses tinham fundado uma colónia mesmo em frente ao mar. Aqui conheceu Jau António, companheiro que esteve sempre com ele até à morte e lhe fez companhia enquanto cantava em seis cantos os feitos dos portugueses numa gruta em frente ao mar.
Foi chamado a Goa mas, no caminho para a Índia o barco onde navegava naufragou junto à foz do rio Mekong, e diz-se que ele tenha ido até à costa a nado só com um dos braços, visto no outro levar consigo a sua tão próspera obra.
Foi a descida do Oceano Atlântico, a passagem do Cabo da Boa Esperança e todas aquelas paragens que levaram Camões a glorificar na sua obra os lugares por onde a armada de Vasco da Gama tinha já passado, lugares esses que muito custaram a "descobrir", razão ainda para dignificar o povo lusitano.
Regressou a Lisboa em 1569 e, em 1572, publicou “Os Lusíadas”. Foi-lhe concedida por D. Sebastião uma tença anual de 15 mil reis que só recebeu durante três anos, pois faleceu no dia 10 de Junho de 1580 em Lisboa, na miséria, vivendo de esmolas que se dizia terem sido angariadas pelo seu fiel criado Jau. O seu enterro teve de ser feito a expensas de uma instituição de beneficência, a Companhia dos Cortesãos.
Após a sua morte, foi D. Gonçalo Coutinho que mandou esculpir na sua pedra o seguinte epitáfio: “Aqui Jaz Luís de Camões Príncipe dos Poetas de seu Tempo. Viveu Pobre e Miseravelmente e Assim Morreu. - Esta campa lhe mandou pôr D. Gonçalo Coutinho, na qual se não enterrará pessoa alguma.”
A comemoração do dia da sua morte, é atualmente relembrado como o “Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas”, sendo feriado nacional.
Fonte: http://oslusiadas.no.sapo.pt/biografia.html
D. Inês de Castro era uma fidalga galega, de rara formosura, que fez parte da comitiva da infanta D.Constança de Castela, quando esta, em 1340, se deslocou a Portugal para casar com o príncipe D. Pedro (1320-1367). A beleza singular de D. Inês despertou desde logo a atenção do príncipe, que veio a apaixonar-se profundamente por ela. Desta paixão nasceu entre D. Pedro e D. Inês uma ligação amorosa que provocou escândalo na Corte portuguesa, motivo por que o rei resolveu intervir, expulsando do reino Inês de Castro, que veio a instalar-se no castelo de Albuquerque, na fronteira de Espanha. D. Constança morre de parto em 1345 e a ligação amorosa entre D. Pedro e D. Inês estreita-se ainda mais: contra a determinação do rei, D. Pedro manda que D. Inês regresse a Portugal e instala-a na sua própria casa, onde passam a viver uma vida de marido e mulher, de que nascem quatro filhos.
Os conselheiros do rei aperceberam-se das atenções com que o herdeiro do trono português recebia os irmãos de D. Inês e outros fidalgos galegos, chamaram a atenção de D. Afonso IV para aquele estado de coisas e para os perigos que poderiam advir dessa circunstância, uma vez que seria natural antever a possibilidade de vir a criar-se uma influência dominante de Castela sobre a política portuguesa.E persuadiram o rei de que esse perigo poderia afastar-se definitivamente, se se cortasse pela raiz a causa real desse perigo: a influência que D. Inês exercia sobre o príncipe D. Pedro, que um dia viria a ser rei de Portugal. Para isso seria necessário e suficiente eliminar D. Inês de Castro.
O problema foi discutido na presença dos conselheiros do rei em Montemor-o-Velho, e aí ficou resolvido que Inês seria executada sem demora.Quando D. Inês soube desta resolução, foi ter com o rei, rodeada dos filhos, para implorar misericórdia, uma vez que ela se considerava isenta de qualquer culpa. As súplicas de Inês só momentaneamente apiedaram D. Afonso IV, que entretanto se deslocara a Coimbra para que se desse cumprimento à deliberação tomada. E a execução de D. Inês efetuou-se em 7 de janeiro de 1355, segundo o ritual e as práticas daquele tempo.Anos depois, em 1360, D. Pedro I, já então rei de Portugal, jurou, perante a sua corte, que havia casado clandestinamente com D. Inês um ano antes da sua morte.
O tema dos amores de D. Inês e da sua triste morte interessou grande número de poetas e escritores de várias épocas e de várias nacionalidades, e pode dizer-se que se contam por centenas as obras literárias em que o tema foi tratado.
Os conselheiros do rei aperceberam-se das atenções com que o herdeiro do trono português recebia os irmãos de D. Inês e outros fidalgos galegos, chamaram a atenção de D. Afonso IV para aquele estado de coisas e para os perigos que poderiam advir dessa circunstância, uma vez que seria natural antever a possibilidade de vir a criar-se uma influência dominante de Castela sobre a política portuguesa.E persuadiram o rei de que esse perigo poderia afastar-se definitivamente, se se cortasse pela raiz a causa real desse perigo: a influência que D. Inês exercia sobre o príncipe D. Pedro, que um dia viria a ser rei de Portugal. Para isso seria necessário e suficiente eliminar D. Inês de Castro.
O problema foi discutido na presença dos conselheiros do rei em Montemor-o-Velho, e aí ficou resolvido que Inês seria executada sem demora.Quando D. Inês soube desta resolução, foi ter com o rei, rodeada dos filhos, para implorar misericórdia, uma vez que ela se considerava isenta de qualquer culpa. As súplicas de Inês só momentaneamente apiedaram D. Afonso IV, que entretanto se deslocara a Coimbra para que se desse cumprimento à deliberação tomada. E a execução de D. Inês efetuou-se em 7 de janeiro de 1355, segundo o ritual e as práticas daquele tempo.Anos depois, em 1360, D. Pedro I, já então rei de Portugal, jurou, perante a sua corte, que havia casado clandestinamente com D. Inês um ano antes da sua morte.
O tema dos amores de D. Inês e da sua triste morte interessou grande número de poetas e escritores de várias épocas e de várias nacionalidades, e pode dizer-se que se contam por centenas as obras literárias em que o tema foi tratado.
Fonte:
Inês de Castro. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-06-14].
Inês de Castro. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-06-14].
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