sábado, 1 de junho de 2013

Bula Manifestis Probatum


" Alexandre, bispo, servo dos servos de Deus, ao caríssimo filho em Cristo, Afonso, ilustre rei dos portugueses, e a seus herdeiros, in perpetuum.
Está claramente  demonstrado que, como bom filho e príncipe católico, prestaste inumeráveis serviços a tua mãe, a Santa Igreja, exterminando intrepidamente em porfiados trabalhos e proezas militares os inimigos do nome cristão e propagando diligentemente a fé cristã (...). Por isso, Nós, atendendo às qualidades  de prudência, justiça e idoneidade de governo que ilustram a tua pessoa, (...) concedemos e confirmamos por autoridade apostólica ao teu excelso domínio o reino de Portugal com inteiras honras de reino e a dignidade que aos reis pertence, bem como todos os lugares que com o auxílio da graça celeste conquistaste das mãos dos sarracenos e nos quais não podem  reivindicar direitos os vizinhos príncipes cristãos. (...) Decidimos fazer a mesma concessão a teus herdeiros (...). Para significar que o referido reino pertence a São Pedro, determinaste como testemunho de maior reverência pagar anualmente dois marcos de oiro a Nós e aos nossos sucessores. "

                                      Bula Manifestis Probatum est, 23 de Maio de 1179

Fontes:  http://www.eb23-cmdt-conceicao-silva.rcts.pt/sev/hgp/6.2.htm - Imagem

              Ana de Sousa, Mário Cunha et al, Gentes na História 7, Areal Editores, Porto 2012 - 
              Bula Manifestis Probatum


Com este documento o papa Alexandre III reconheceu a independência do Reino de Portugal em 1179, 36 anos depois do Tratado de Zamora onde Afonso VII  rei de Leão e Castela já tinha reconhecido a independência política de Portugal e o seu primo Afonso Henriques  como rei .  834 anos e alguns dias depois este documento continua a ser fundamental para o estudo e  compreensão  deste período da nossa História.                                                                                  

1 comentário:

omega disse...

A publicação da Bula Manifestis Probatum em 1179 revela o extraordinário poder da igreja católica no espaço da Cristandade.

Hoje, nem o papa Francisco consegue um tal alcance espiritual quanto mais político....